A ação de recolha e monitorização do lixo marinho que aconteceu em meados de janeiro em 100 metros de extensão de areal a sul do rio Lima permitiu identificar centenas de resíduos.
Nas campanhas de monitorização participaram voluntários de agrupamentos de escuteiros, associações de pais, escolas privadas, empresas locais e público vianense em geral.
Depois de monitorizados os resíduos encontrados, o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo registou 759 pedaços de esferovite, de diversos tamanhos, e 502 pedaços de esponja e de espuma.
Foram ainda encontrados 228 cotonetes, 163 flutuadores/boias, 159 beatas de cigarro, 64 garrafas de bebidas, 59 paus de chupa-chupa e 29 palhinhas.
Esta iniciativa surge como resposta a obrigações decorrentes da Diretiva Quadro da Estratégia Marinha relativamente ao descritor 10 – Lixo Marinho e a dar continuidade à colaboração com a Convenção OSPAR.
Recorde-se que recentemente o executivo municipal aprovou um protocolo de cooperação com a Associação Chelonia para desenvolvimento do Programa de Literacia sobre a Conservação das Massas de Água e que consiste no reforço de campanhas de amostragem que permitiram obter dados científicos importantes para o conhecimento da problemática destes resíduos e a sua dispersão. Outro eixo de aposta, igualmente essencial, consiste no desenvolvimento de ações educativas para as comunidades educativas e munícipes em geral, tendo por base a temática dos resíduos circulantes nas massas de água.
Recorde-se que a Câmara Municipal definiu uma Agenda de Ciência e do Conhecimento para o quadriénio 2017-2021, pretendendo posicionar-se como um território de referência nestas temáticas.