No passado sábado, dia 27 de novembro, a Câmara Municipal de Viana do Castelo promoveu a I Eco Maratona de Montedor, no âmbito das comemorações do Dia Nacional da Floresta Autóctone.
Esta atividade de voluntariado ambiental consistiu no controlo e erradicação de espécies exóticas com comportamento invasor (Acacia longifolia) e decorreu em Montedor - Carreço, na área classificada como Monumento Natural do Cemitério de Praias Antigas do Alcantilado de Montedor, integrado no Geoparque de Viana do Castelo.
Foram cerca de 50 voluntários que com entusiasmo e empenho se dedicaram a arrancar jovens plantas de acácia, tentando contrariar o caráter invasor desta espécie lenhosa exótica. Estiveram também presentes e participaram na atividade a Vereadora do Ambiente, o Presidente da Junta de Freguesia de Carreço e os técnicos municipais do Setor de Jardins, Gabinete Técnico Florestal, CMIA e Geoparque, que integram a Divisão de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal, num total de 13 elementos.
De entre os voluntários participaram vários escuteiros dos Agrupamentos 343 – Senhor do Socorro, 459 – Serreleis, 537 – Castelo do Neiva, 348 - Meadela e representantes da Junta Regional. Participaram ainda voluntários do Banco Local de Voluntariado de Viana do Castelo, professores e alunos representantes das respetivas escolas e outros interessados pelas causas ambientais.
Dentro da área definida para a execução desta atividade encontravam-se delimitados 5 talhões, perfazendo um total de cerca de 2000m2, pelos quais os participantes foram distribuídos em equipas. Com o espírito competitivo bem presente, os diversos grupos tentaram cumprir a tarefa no menor tempo possível, cujo limite foi de 90 minutos.
A classificação da prova foi definida pela ordem de menor tempo na execução, premiando-se os três primeiros classificados com plantas autóctones. Assim, a cada elemento da equipa vencedora foi oferecido um azevinho, os elementos do grupo que ficou em segundo lugar receberam um carvalho e os terceiros classificados receberam medronheiros. Foram também atribuídas jovens árvores autóctones a todos os outros participantes.
Relembra-se que o principal pressuposto desta atividade foi a sensibilização da população para o grave problema das espécies invasoras lenhosas exóticas, sobretudo as acácias, que agressiva e persistentemente proliferam, impedindo a estabilidade dos espaços florestais e determinando uma rápida degradação geral do solo e da paisagem. Visou também promover a participação ativa da comunidade na preservação do património natural local, porque num contexto de alterações climáticas é urgente sensibilizar e mobilizar os proprietários florestais e cidadãos em geral para contribuírem na substituição do verde exótico pelo verde autóctone, que deve voltar a predominar no nosso território.