A par do que vem sendo feito em anos anteriores, o CMIA encontra-se a desenvolver diferentes projetos na área do voluntariado ambiental. Uma dessas áreas de atuação é a limpeza de espaços naturais, em parceria com os Serviços Municipalizados de Saneamento Básico.
O Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viana do Castelo (CMIA), tal como em anos anteriores, encontra-se a desenvolver diferentes projetos na área do voluntariado ambiental. Uma dessas áreas de atuação é a limpeza de espaços naturais, em parceria com os Serviços Municipalizados de Saneamento Básico.
Pretende-se, com esta ações, sensibilizar a população vianense para a problemática do lixo em espaços naturais, muitos do qual de origem urbana, e para a importância e necessidade de conservação/preservação dos ecossistemas. Desta forma, todos são convidados a participar numa ação de limpeza de microplásticos no areal da Praia de Carreço, pelas 10 horas.
Segundo a Associação Portuguesa de Lixo MArinho (APLM),
“Os microplásticos (partículas <5mm) resultam de partículas maiores por degradação foto‑química e abrasão, são persistentes, encontram-se quer a flutuar à superfície quer em suspensão na coluna de água quer depositados nos fundos. Todos os plásticos (naturais ou de origem no crude) são biodegradáveis, o que significa que têm a capacidade de serem degradados por condições ambientais (radiação ultravioleta, salinidade do mar) e biológicas (microrganismos). Alguns plásticos têm taxas de degradação muito lentas o que faz com que sejam persistentes no ambiente.
Facilmente confundidos com alimento, os microplásticos são vetores potenciais na transferência e exposição dos organismos marinhos a poluentes persistentes orgânicos (POP) de elevada toxicidade, como os bifenis policlorados (PCB), hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAH) e Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT) e derivados. Estes compostos hidrofóbicos têm preferência para se adsorverem às partículas de plástico. Este processo de adsorção ocorre durante o tempo de exposição a que os microplásticos estão sujeitos nos oceanos e zonas costeiras.
A ingestão de microplásticos constitui uma ameaça de longo-prazo para os organismos marinhos, não só pela possível obstrução mecânica do aparelho digestivo mas também pelos efeitos tóxicos dos POP. Uma vez que têm tamanhos inferiores a 5 mm, encontram-se na gama de tamanho de partículas de alimento de todos os grandes grupos de animais marinhos, desde aves a bivalves.”