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Biodiversidade

A comida esquecida - Plantas espontâneas comestíveis do estuário do Rio Lima

Recursos
A exposição "A Comida Esquecida", de Alexandre Delmar e Maria Ruivo, revela as plantas comestíveis espontâneas do estuário do Rio Lima, muitas vezes desprezadas, mas ricas em nutrientes e saberes tradicionais.
Biodiversidade | 22 janeiro 2025

Como podemos melhorar a qualidade nutritiva da nossa alimentação? Que formas de obtenção alimentar existem ou podemos criar a nível local? Como podemos aumentar a autonomia alimentar das populações? Como podemos promover mudanças de hábitos alimentares mais saudáveis e sustentáveis?

Exposição ao ar livre de cartazes, da autoria de Alexandre Delmar e de Maria Ruivo, dedicada às plantas espontâneas comestíveis do estuário do Rio Lima.

Uma possibilidade simples e acessível é a de diversificarmos a nossa dieta com alimentos diferentes dos que estamos habituados a consumir. Além das plantas cultivadas, existem muitas outras plantas comestíveis que a maioria de nós desconhece. Elas crescem de forma espontânea, são gratuitas, abundantes, não exigem cuidados especiais e encontram-se facilmente, estando um pouco por todo o lado — desde zonas rurais a zonas urbanas, bosques, prados, terrenos baldios, bermas de caminhos, muros, praias ou linhas de água —, sendo que muitas delas possuem propriedades únicas e algumas são até mais nutritivas do que aquelas que existem no mercado.

Estas plantas espontâneas, pejorativamente chamadas de “pragas”, “infestantes” ou “daninhas”, têm sido muitas vezes combatidas com herbicidas para darem lugar ao cultivo de outras espécies vegetais, o que desvaloriza o seu papel crucial na prevenção de cheias, na regulação do clima e na manutenção dos ecossistemas e ignora os seus usos extraordinários como fonte de alimento, remédios, fibras ou corantes. São, de uma forma geral, plantas esquecidas pela população e pouco estudadas pela comunidade científica. Mas nem sempre foi assim; a geração dos nossos avós colhia e consumia uma grande variedade de recursos silvestres, e guardava um conjunto de práticas e saberes relacionados com a recoleção que foram sendo, progressivamente, suprimidos pela sociedade industrial. Num contexto de crise climática e de práticas extrativistas, torna-se urgente resgatar estes conhecimentos tradicionais, aprendendo com eles o uso responsável e sustentável da biodiversidade, cultivando modos mais equilibrados de coexistência.

Exposição patente no Parque Ecológico Urbano (PEU), de 21 de junho a 31 de dezembro de 2022.

Resumo
Local
Parque Ecológico Urbano
Dimensões
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